sábado, 12 de fevereiro de 2011

095-2008

MO640 - Questão para a prova oral
Número: 095
Enunciado:
Usando os métodos de Bergeron e colegas quanto à ordenação por translocação, assinale a alterativa que contém o número mínimo de translocações para transformar o genoma A no genoma B:

A = {(1,4,5,2),(3,6,7,8)};
B = {(1,2),(3,4,5,6,7,8)};


Dica: d(A)=n - N - c + t
  1. 2
  2. 3
  3. 4
  4. 5
  5. NDA
Autor(a): Tiago Takamoto

2 comentários:

  1. Para transformar o genoma A no genoma B, é importante entender a fórmula d(A) = n – N – c + t, mencionada como dica na própria questão, para poder aplicá-la.

    d(A) => distância que representa o número mínimo de translocações que transforma o genoma A em B.

    n => representa o número de elementos do genoma. Neste caso, a quantidade de elementos é 8.

    N=> representa o número de cromossomos do genoma. Neste caso, a quantidade é 2.

    c=> representa o número de ciclos pretos. Um ciclo preto é uma sequência de breakpoints que estão ligados por intervalos elementares pretos. Como a postagem no Blog limita a utilização de alguns recursos, foram utilizadas as seguintes notações para ajudar no entendimento:

    a)A letra “o” equivale ao ponto branco. O ponto branco foi utilizado para fazer a concatenação dos cromossomos do genoma.

    b)O ponto (.) equivale ao ponto preto. O ponto preto foi utilizado para separar os elementos dentro do cromossomo.

    c)A letra “i” equivale ao intervalo. Vale lembrar que apenas os ciclos pretos interessam.

    Com base nas notações, o genoma fica da seguinte maneira: 0 o 1 . 4 . 5 . 2 o 3 . 6 . 7 . 8 o 9

    Analisando o genoma, haverá um ciclo preto formado por i1, i3 e i5, além dos ciclos i4, i6 e i7. Os outros são brancos. No caso desse genoma, haverá 4 ciclos pretos.

    t=> depende de T que é o número de árvores e de L que é o número de folhas. O t pode ser:

    a)L + 2 se L é par e T =1;

    b)L + 1 se L é ímpar;

    c)L se L é par e T for diferente de 1.

    Uma alternativa interessante vista em aula para descobrir o t da fórmula foi aplicar as translocações no genoma A para chegar em B. Vale lembrar que uma translocação só pode ocorrer nas caudas dos cromossomos, podendo trocar um elemento ou um bloco de elementos. Segue a translocação realizada com alguns comentários:

    A = {(1,4,5,2), (3,6,7,8)} // genoma original;

    A1 = {(3,4,5,2), (1,6,7,8)} // foi aplicada uma translocação (troca entre os elementos 1 e 3);

    B = {(1,2), (3,4,5,6,7,8)} // foi aplicada uma segunda translocação (troca entre o bloco 3,4,5 e o elemento 1).

    Neste caso, foram necessárias 2 translocações para transformar o genoma A em B, descobrindo assim d(A).

    Com base nos valores encontrados e aplicando a fórmula, temos:

    d(A) = n – N – c + t

    2 = 8 – 2 – 4 + t

    t = 0

    O valor de t é 0 (zero), portanto o número mínimo de translocações para transformar o genoma A em B é 2, isto é, a alternativa “a”.

    Vale ressaltar que a alternativa vista em aula funcionou para esta transformação, já que foi possível descobrir d(A) e o valor de t foi 0 (zero). Em outras transformações, talvez t deva ser encontrado antes.

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  2. Bom comentário, colega Wilson, porém deixou de dizer algumas coisas importantes. Em primeiro lugar, esqueceu de mencionar um fato muito importante: t >= 0, que resulta de sua definição envolvendo L, o número de certas folhas. Devido a este fato importantíssimo, podemos interpretar a fórmula da distância como implicando que:

    d(A) >= n - N - c,

    já que estamos deixando de lado t, que é uma quantidade não negativa.

    Outra coisa importante que você deixou de mencionar foi que, ao achar uma série de 2 translocações que levam de A para B, na verdade descobrimos apenas que

    d(A) <= 2,

    pois temos um jeito com 2 operações. Pode haver menor, mas certamente a distância não passa disso.

    Juntando estas duas coisas é que chegamos a d(A) = 2. O fato de temros t = 0 é um subproduto mas não interessa tanto, no caso.

    Por fim, na hora de dizer como fica o genoma, seria bom ter deixado claro que trata-se do genoma A, e não do B, que está em sua forma canônica, ou situação final, digamos.

    Sua nota será 7,0 (sete). Muito bom trabalho, mas por três pequenos (porém fundamentais) erros, acabou com uma nota apenas média.

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